terça-feira, 12 de janeiro de 2010

um post sem graça falando de comédia

Quem me viu em alguma ocasião contando piadas sabe que eu não levo muito jeito pra coisa. Apesar de não ter o dom pra comédia - e isso é uma opinião séria - eu aprecio e admiro muito os que dominam a arte de fazer rir. O fato que eu quero trazer aqui é que há muito não ligo a televisão, e pensando a respeito encontrei nos programas televisivos de humor uma razão suficiente para ter abandonado o sofá e o controle remoto.

Enquanto escrevo isso, já me passa pela cabeça corrigir o que escrevi a pouco sobre o dom pra comédia. Generalizei e não deixei espaço para as excessões e isso foi um erro. Há também, aquele tipo de humor que brota de situações muito sérias, e a filosofia está repleta de exemplos, muitos até trágicos. Só para citar um bem breve, a morte do pensador Heráclito, que como dizem por aí, morreu na merda. É uma história trágica, que traz um misto estranho de pesar e ao mesmo tempo uma tremenda vontade de rir.

Relativizando um pouco a discussão, muitas coisas ditas por aí como engraçadas no fundo não tem graça nenhuma. Piadas que reforçam preconceitos, envolvendo minorias marginalizadas, pessoas doentes, só vem a reforçar para mim duas coisas: Uma, que o humor é usado sobretudo hoje como arma para maquiar as mazelas sociais, e seguido a isso, cada um tem a piada que merece.

Eu sou daqueles defensores de que a vida deve ser levada com toda leveza possível, e que sem o bom humor, a existência seria enfadonha e sem sentido, mas quando eu ligo a televisão pra ver os programas "nobres", vejo que a leveza que defendo no bom humor nestes programas televisivos se converte numa ferramenta brutal opressão, desinformação, e manipulação.

Definitivamente, não se fazem piadas boas como antigamente.

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

paranóia

Eu tenho por hábito falar bem devagar. tenho a convicção de que devo falar devagar pra poder ser bem ouvido, e quem sabe, compreendido. e também gosto de falar num tom de voz moderadamente baixo. um pouco pela timidez, um pouco pela preocupação de não ferir os ouvidos de ninguém. para mim, é uma questão de delicadeza.

o problema é que num mundo com tantos ruídos, chiados e fones de ouvido, o volume sonoro a que estamos expostos acaba fazendo com que tenhamos que gesticular cada vez mais, encher cada vez mais os nossos pulmões para que o som saia mais forte, e assim possamos nos comunicar.

e nisso reside a beleza da comunicação nos grandes centros urbanos: para onde quer que você vá, sempre existirá uma Mensagem pronta para ser recebida, e nesse meio, Todos falam e Ninguém se ouve. nesses termos, prevalece a lei do mais forte, do mais alto e do mais estridente. e como Eu vivo numa cidade barulhenta, preciso aprender a conviver com essas coisas da melhor maneira possível. assim, em certos momentos, acabo me deixando levar pelas circunstâncias, mas logo depois recuo. eu acredito que é possível a conciliação pacífica, e por isso eu resisto, e volto ao curso moderado das coisas.

essa minha Resistência tem me levado a um estado de tensão constante, e junto com a tensão aquela terrível sensação de aniquilamento. porque eu falo, mas nem sempre as pessoas nem sempre me dão ouvidos...

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sábado, 9 de janeiro de 2010

divagações hermenêuticas acerca da estética brega

Ouvindo mais atentamente um dos maiores petardos da música popular brasileira, procurei entender o porque do título da música ter o mesmo título da homônima fábula escrita por Esopo.

Seguindo o enredo, vemos a história de um casal que se enamorava durante o baile, e durante a festa, desejos se construiam ao longo das músicas dançadas rosto-a-rosto. O charme, a sedução e a malícia feminina atiçavam os sentidos e a imaginação do nosso pobre herói, que estoicamente esperaria o baile acabar para enfim levar a moçoila para longe daquele tumulto orquestrado.

Finda o baile, e com ele, os projetos de conquista. Agora só lhe resta uma chance - uma única chance, em frente à casa da bela rapariga. Tensão total. E chega a hora do approach. É a glória ou o fracasso. Nem mais nem menos. Batalhas foram travadas desde início do baile e foram devidamente concluídas, mas o grande confronto era iminente. E faltava pouco, mas... Ainda faltava-lhe tempo.

Em verdade nosso mancebo perdeu o último grande confronto para o tempo, e por isso decidiu ir embora. Não porque lhe faltasse disposição. Foi embora porque na sua mente beligerante não havia mais tempo para perder, e existia um mundo inteiro para ser batalhado.

A Raposa E As Uvas by Reginaldo Rossi  
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Reginaldo Rossi - 01 - A Raposa E As Uvas.mp3 (3631 KB)

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domingo, 3 de janeiro de 2010

Mu-dança!

Salve Simpatia!

Para este ano, decidi voltar mais atenções para este blog, que há meses não vê uma passagem minha por aqui. A correria cotidiana, as escolhas, enfim, a minha própria vida estava orientada para se manter distante deste espaço que tanto gosto. Decidi voltar. E voltar diferente. Para que não percorra os mesmos caminhos que trilhei no ano passado, vou de início, mostrar que dessa vez estarei mais leve que antes.

E a culpa, no final das contas, foi toda minha mesmo. A produção de textos estava ficando para mim, uma tarefa cada vez mais pesada e sufocante, a ponto de vários textos que possivelmente entrariam no blog fossem simplesmente deletados. Sem mais nem menos.

É por isso que vou me permitir um retorno mais despretencioso. Aproveitando também para anunciar que no ano passado eu pude me concentrar melhor nas novas tendênciasde comunicação, e de olho nas mudanças, decidi também anunciar melhorias neste espaço aqui. Antes de tudo, avisar que estou migrando de plataforma. O Blogger, apesar de ser mantido pelo Google, vem deixando muito a desejar no quesito praticidade + comunicatibilidade, de modo que meu interesse por ela diminuiu sensivelmente. O sistema Wordpress seria o meu sucessor natural para esta plataforma, mas atento que estou aos tempos, decidir experimentar uma nova plataforma que tem pouco menos de 2 anos, e pela novidade que é, já está sintonizada com as novas tendências da chamada "web 2.0". É impossível falar de comunicação virtual hoje ignorando a força das redes sociais, e por essas e outras, decidi migrar inicialmente todo o conteúdo do nomeiodonada para a plataforma posterous, e o novo endereço é o http://harimbritto.posterous.com/. É a partir dele que eu publicarei meus textos e minhas coisas a partir desse ano.

Contudo, calma! As minhas participações nos blogs permanecerão normalmente, pois esse serviço atualiza automaticamente os blogs e as outras redes, de modo que essa mudança é mais técnica. Quem acompanha o Bolsa de Ilusões e o nomeiodonada permanecerão recebendo as minhas atualizações automaticamente, mas permanecendo nesses endereços, perderão outras coisas que eu postarei apenas por lá.

O que eu quero na verdade é oferecer a vocês outras dimensões da minha vida que eu escolhi suprimir no blog, e que agora acho por bem compartilhar com que já vem me acompanhando. Então é isso. O novo endereço você acessa clicando aqui e os feeds vocês podem acessar clicando aqui. No mais, é só.

Muita Saúde, Prosperidade, Simpatia e Amor para todos que nos acompanham!!!

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