a Marcha promovida pelo Progresso tecnológico nos obriga a troca dos nossos equipamentos por outros mais novos, seja pelas novas necessidades impostas, seja pela obsolescência programada . o Fato é que de tempos em tempos Eu me vejo na situação de ter que trocar de aparelho celular. me recordo que a primeira tentativa em imprimirem um hábito de utilização do tal aparelhinho foi malfadada e fracassou, após a perda do dito cujo na minha própria casa - mais especificamente, dentro do meu próprio quarto.
não que meu quarto fosse grande demais ou tão caótico a ponto de não encontrar nada nele. a Questão é que eu não ligava mesmo (com todas as duplicidades que o contexto me permite).
tempos depois, outro quarto, outra cidade e outro aparelho celular. minha indisciplina anterior não daria espaço para outro acontecido daqueles, pois desta vez estava devidamente cercado pela vigilância familiar. assim Eu tive que me habituar ao uso do celular. Curioso nisto tudo é que sua Vida vai aos poucos se moldando aos novos hábitos, chegando ao ponto de não me permitir mais sair de casa sem levar o telefone.
paralelo a isso minha vida sempre seguiu. meus Amigos sempre foram visitados e devidamente agraciados com minhas conversas. com a entrada do Telefone e os novos compromissos assumidos, a Vida tomou um Ritmo mais rápido, e as visitas aos meus amigos diminuiram, mas em compensação, as ligações aumentaram...
troquei o endereços das casas por contatos na agenda telefônica, e depois por números de discagem rápida no celular. a minha caixa postal era o número 1, o da minha casa era o número 2, o dos meus pais eram os 3 e 4 e nessa ordem de importância eu listava todos os meus contatos. é certo que depois no número 50 fica difícil associar as pessoas aos números, mas aí eu me valia da agenda do telefone, que cabia nada menos que 250 números!
o problema é que conforme vamos convivendo e conhecendo mais pessoas, novos números são requisitados e nem sempre a agenda comporta a todos. o que era uma limitação técnica acabou desencadeando um drama psicológico e existencial dos mais sérios, afinal de contas, selecionar um número novo implicaria apagar outro, para que coubesse na memória do celular.
A solução foi partir para uma troca emergencial. Um novo aparelho, mais moderno e com mais espaço. Selecionei um a um, apaguei nomes, atualizei telefones, acrescentei e-mails e outros detalhes mais. E enquanto fazia isso, a pergunta voltava mais irônica pra mim.
apesar de ter um celular que me dá possibilidades praticamente infinitas de armazenar contatos, fica agora o questionamento, se mesmo com essa facilidade "seriam todas essas pessoas realmente necessárias na minha vida?"
o que me deixa mais ensimesmado com tudo isso é essa sensação incômoda de que o problema não é (falta de) espaço para armazenamento...
para vocês, quantos números são realmente necessários para sua vida???
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